3 estratégias práticas para se sentir mais à vontade

Sentir timidez durante a terapia é mais comum do que parece. Muitas pessoas iniciam o processo terapêutico com receio, medo de julgamento ou simplesmente sem saber como se abrir com alguém que, muitas vezes, ainda é um desconhecido. A boa notícia é que essa sensação faz parte do processo — e pode ser trabalhada com estratégias simples e eficazes.

Eu mesmo já vivi essa experiência. No início, via a timidez como algo negativo, que atrapalhava meu avanço. Com o apoio dos profissionais que me acompanharam, entendi que ela fazia parte da construção da relação terapêutica. A partir disso, desenvolvi três estratégias que podem ajudar você a lidar melhor com essa dificuldade.

1. Liste os assuntos por tópicos e por ordem de complexidade

Você não precisa falar tudo logo na primeira sessão. Pelo contrário: o vínculo terapêutico é construído aos poucos. Uma boa maneira de começar é listar os temas que deseja tratar, dividindo-os em dois grupos:

  • Tópicos de menor complexidade: assuntos mais fáceis de abordar.
  • Tópicos de maior complexidade: temas mais delicados, que exigem mais confiança e conexão.

Você pode começar trazendo os tópicos mais leves. E, conforme for se sentindo mais confortável, introduzir os mais complexos. Isso também ajuda o profissional a compreender seu ritmo e respeitar seus limites.

2. Comunique ao profissional sobre sua dificuldade

Muitas pessoas acham que precisam esconder a timidez, mas o ideal é fazer o contrário: verbalizar isso. Você pode dizer algo como:

“É minha primeira vez na terapia, estou um pouco tímido, então preferiria começar falando sobre assuntos mais leves.”

Esse tipo de conversa ajuda o terapeuta a ajustar sua escuta e acolhimento, criando um ambiente mais seguro para você. Não é preciso se forçar a dizer tudo de uma vez — é natural se abrir aos poucos.

3. Construa gradualmente a aliança terapêutica

A confiança com o terapeuta não acontece da noite para o dia. Ela é construída com o tempo, na medida em que você se sente ouvido, respeitado e não julgado. Uma estratégia útil, é combinar com o profissional uma ordem de abordagem dos tópicos. Dessa forma, o processo se torna mais leve e previsível. Lembre-se: um bom profissional está ali para acolher, ouvir e ajudar — nunca para julgar, nem com palavras ou expressões. A timidez que você sente pertence a você, mas não define o seu processo terapêutico.

A timidez não precisa ser um obstáculo na terapia. Pelo contrário, ela pode ser o ponto de partida a ser abordado em sessão, para um processo ainda mais profundo de autoconhecimento e crescimento pessoal. Com estratégias simples, como organizar tópicos, comunicar sua dificuldade e construir confiança com o terapeuta gradualmente, você pode transformar a forma como se relaciona com a terapia — e com você mesmo.

Se ainda não encontrou um profissional com quem se sente à vontade, não desista. Às vezes, é preciso procurar alguém com uma abordagem mais humanizada, que realmente compreenda e respeite seu tempo. A jornada vale a pena. Blz? Show!

Eduardo Giovanelli

Neuropsicólogo

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